Este blog aspira à honestidade. Ao contrário dos inúmeros títulos existentes no mercado editorial que visam amenizar a dor, o fracasso, o desastre da vida humana. Através de animadores e esperançosos títulos do tipo “Se eu posso, Tu Podes”, “Vencendo a obsessão”, “O caminho da felicidade”, “Como ficar rico acumulando cera de ouvido”, muitas pessoas buscam suavizar suas frustrações, suas privações de desejos ou necessidades.
Este espaço não tem pretensões de mudar a vida de ninguém, embora tenha como certa a condição deprimente e monótona da raça humana. Minha única ambição é poder rir da nossa complexidade. Observar através de um foco abrangente, distanciado, que permita analisar situações por inteiro. Gargalhar sobre o leite derramado.
Imagine, por exemplo, duas pessoas fazendo sexo. Agora tome vergonha na cara, deixe a tara um pouco de lado, pare de olhar pra bunda da moça e fixe seus olhos nas expressões que o casal faz – olhinhos virados, boca semi-aberta, cabelos desgrenhados. Das caretas do prazer, só não ri quem não tem senso de humor.
A humanidade tem o ridículo por princípio, e é deste ridículo que pretendo me divertir. Rir da desgraça própria e da desgraça alheia. Aqui, buscar a solução de problemas pessoais em títulos que auto denominam-se divã de leitores é, no mínimo, motivo de muito sarro. Este tipo de literatura, chamada de auto-ajuda, ignora a necessidade das pessoas terem suas próprias experiências. Se lhe interessa aprender como enfrentar as circunstâncias difíceis que sua pífia existência coloca em seu caminho, não busque a superação em um livro. Apenas viva.
Não digo aqui que os livros não nos ajudam. Boa literatura é, antes de ser útil, prazerosa - transporta-nos para mundos distintos, experiências alheias. Faz-nos pessoas melhores, tolerantes. A boa literatura não busca esclarecer, mas gera outras dúvidas, outras formas de sanar a curiosidade.
Mesmo que sua proficuidade seja indiscutível, não devemos buscar nos livros a solução de problemas emocionais, familiares, financeiros, espirituais, carnais, conjugais, amorosos. A boa literatura abrange todas as diversas crises humanas, mas é transcendente a isso tudo. Ela não trará a pessoa amada em sete dias e muito menos recheará seu bolso de dinheiro – a menos que você seja um Paulo Coelho. Mas estamos aqui falando de boa literatura. Portanto, como disse no início, este espaço busca ser honesto com o leitor. Aqui você não encontrará solução, e sim o embaraço, a dificuldade, o obstáculo. Aqui você será motivo de piada, e poderá rir também da nossa cara. Um método de aprimoramento pessoal em que o indivíduo pretende buscar, sem ajuda de ninguém, empecilhos para todos os seus problemas. Sejam bem vindos ao Auto-Estorvo.
Este espaço não tem pretensões de mudar a vida de ninguém, embora tenha como certa a condição deprimente e monótona da raça humana. Minha única ambição é poder rir da nossa complexidade. Observar através de um foco abrangente, distanciado, que permita analisar situações por inteiro. Gargalhar sobre o leite derramado.
Imagine, por exemplo, duas pessoas fazendo sexo. Agora tome vergonha na cara, deixe a tara um pouco de lado, pare de olhar pra bunda da moça e fixe seus olhos nas expressões que o casal faz – olhinhos virados, boca semi-aberta, cabelos desgrenhados. Das caretas do prazer, só não ri quem não tem senso de humor.
A humanidade tem o ridículo por princípio, e é deste ridículo que pretendo me divertir. Rir da desgraça própria e da desgraça alheia. Aqui, buscar a solução de problemas pessoais em títulos que auto denominam-se divã de leitores é, no mínimo, motivo de muito sarro. Este tipo de literatura, chamada de auto-ajuda, ignora a necessidade das pessoas terem suas próprias experiências. Se lhe interessa aprender como enfrentar as circunstâncias difíceis que sua pífia existência coloca em seu caminho, não busque a superação em um livro. Apenas viva.
Não digo aqui que os livros não nos ajudam. Boa literatura é, antes de ser útil, prazerosa - transporta-nos para mundos distintos, experiências alheias. Faz-nos pessoas melhores, tolerantes. A boa literatura não busca esclarecer, mas gera outras dúvidas, outras formas de sanar a curiosidade.
Mesmo que sua proficuidade seja indiscutível, não devemos buscar nos livros a solução de problemas emocionais, familiares, financeiros, espirituais, carnais, conjugais, amorosos. A boa literatura abrange todas as diversas crises humanas, mas é transcendente a isso tudo. Ela não trará a pessoa amada em sete dias e muito menos recheará seu bolso de dinheiro – a menos que você seja um Paulo Coelho. Mas estamos aqui falando de boa literatura. Portanto, como disse no início, este espaço busca ser honesto com o leitor. Aqui você não encontrará solução, e sim o embaraço, a dificuldade, o obstáculo. Aqui você será motivo de piada, e poderá rir também da nossa cara. Um método de aprimoramento pessoal em que o indivíduo pretende buscar, sem ajuda de ninguém, empecilhos para todos os seus problemas. Sejam bem vindos ao Auto-Estorvo.
Um comentário:
Buenas... Grande texto... Apoiado... Odeio chegar numa livraria e tropeçar com bancadas intermináveis de livros de auto-ajuda, do tipo: filhos que enriquecem sozinhos, aprenda a curar-se da depressão, Yoga para emagrecer... Enfim, deturpam todas as filosofias, conhecimentos, culturas, direcionando seus conhecimentos para o mercado.. Que mundo podre vivemos...Ainda se fosse só na literatura, quanta gente boa gastando seu talento em troca de alguns trocados... que m...
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