Você e seu colega de trabalho pegam carona com o patrão-mor. Não precisa rachar gasolina, o esquema é ótimo. Uma economia de uns 50 reais se fosse pra ir e voltar, fora o ar-condicionado e a rapidez. Voltando à carona. O carro, novo. O banco de couro, cinza bem clarinho, absolutamente limpo e você, mulher, menstruada.
Na verdade, nem deveria estar tão preocupada, já que troquei de absorvente logo que saí de casa para pegar a carona. Além do mais, já é o terceiro dia e o fluxo deve estar bem mais fraco do que ontem e anteontem. Mas é o carro do patrão, banco de couro, cinza bem clarinho e absolutamente limpo. Relaxa, não há de acontecer nada. Mas é o banco da frente! Não dá nem pra dar uma levantadinha de leve pra ver se não começou a acontecer algum estrago. Então o jeito é rezar. Uma hora e tantos que é o tempo que dura a viagem.
Com o desespero involuntário, começo a achar que estou sentindo um molhadinho fora do lugar. Não, não, deve ser o ar-condicionado que deixou o banco gelado, afinal, é de couro. E se não for?! Ai, meu Deus, acho que não coloquei o absorvente direito não, parece que ficou meio pra frente, na pressa de não atrasar. Calma, fica fria, lembre-se, é o terceiro dia, quase acabando, não há de acontecer nada. Amanhã, mesmo, é só uma merrequinha. E pense bem, isso já aconteceu alguma vez na sua vida? Ah, sim, claro, o suficiente para achar que vai acontecer mensalmente. Nessa de acreditar que os flocos de gel vão transformar a menstruação em uma gelatina e que os buraquinhos da cobertura não vão deixar o fluxo retornar o banco que era branco mudou de cor. Ah, mas foi só uma vez e faz tanto tempo! Só que o banco agora é de couro cinza clarinho, ainda por cima do chefe.
O melhor a se fazer é não dar moleza e contrair o que for possível para manter meu vermelhinho dentro de mim. Se eu relaxar, ele vai que vai. E se acontecer o efeito contrário? E se essa contração ajudar a espremer meu útero como uma laranja? Pensa, pensa, a lei de Murphy não é a lei de Deus, embora seja muito próxima. Repita comigo: não vai vazar, não vai vazar, óuuuuuummmmm. Está bem. Vamos em frente, confie na tecnologia. Não há de ter nada de outra cor quando você se levantar. Já estamos quase chegando. O geladinho lá de baixo, a essa altura, já nem devia estar mais geladinho, é de fato o ar condicionado te pregando uma peça.
E depois dessa uma hora e meia quase duas de agonia sufocada, chegamos ao destino. O banco? É LÓGICO, permaneceu intacto. Obviamente, fui o mais depressa possível ao banheiro para conferir se o estrago não estava iminente. Uma boa respirada profunda, cara de que não aconteceu nada. Afinal, graças ao bom Deus, à tecnologia e ao terceiro dia de fluxo, não precisei passar por esse constrangimento. Pensando bem, acho que aquela espremidinha também ajudou.
Na verdade, nem deveria estar tão preocupada, já que troquei de absorvente logo que saí de casa para pegar a carona. Além do mais, já é o terceiro dia e o fluxo deve estar bem mais fraco do que ontem e anteontem. Mas é o carro do patrão, banco de couro, cinza bem clarinho e absolutamente limpo. Relaxa, não há de acontecer nada. Mas é o banco da frente! Não dá nem pra dar uma levantadinha de leve pra ver se não começou a acontecer algum estrago. Então o jeito é rezar. Uma hora e tantos que é o tempo que dura a viagem.
Com o desespero involuntário, começo a achar que estou sentindo um molhadinho fora do lugar. Não, não, deve ser o ar-condicionado que deixou o banco gelado, afinal, é de couro. E se não for?! Ai, meu Deus, acho que não coloquei o absorvente direito não, parece que ficou meio pra frente, na pressa de não atrasar. Calma, fica fria, lembre-se, é o terceiro dia, quase acabando, não há de acontecer nada. Amanhã, mesmo, é só uma merrequinha. E pense bem, isso já aconteceu alguma vez na sua vida? Ah, sim, claro, o suficiente para achar que vai acontecer mensalmente. Nessa de acreditar que os flocos de gel vão transformar a menstruação em uma gelatina e que os buraquinhos da cobertura não vão deixar o fluxo retornar o banco que era branco mudou de cor. Ah, mas foi só uma vez e faz tanto tempo! Só que o banco agora é de couro cinza clarinho, ainda por cima do chefe.
O melhor a se fazer é não dar moleza e contrair o que for possível para manter meu vermelhinho dentro de mim. Se eu relaxar, ele vai que vai. E se acontecer o efeito contrário? E se essa contração ajudar a espremer meu útero como uma laranja? Pensa, pensa, a lei de Murphy não é a lei de Deus, embora seja muito próxima. Repita comigo: não vai vazar, não vai vazar, óuuuuuummmmm. Está bem. Vamos em frente, confie na tecnologia. Não há de ter nada de outra cor quando você se levantar. Já estamos quase chegando. O geladinho lá de baixo, a essa altura, já nem devia estar mais geladinho, é de fato o ar condicionado te pregando uma peça.
E depois dessa uma hora e meia quase duas de agonia sufocada, chegamos ao destino. O banco? É LÓGICO, permaneceu intacto. Obviamente, fui o mais depressa possível ao banheiro para conferir se o estrago não estava iminente. Uma boa respirada profunda, cara de que não aconteceu nada. Afinal, graças ao bom Deus, à tecnologia e ao terceiro dia de fluxo, não precisei passar por esse constrangimento. Pensando bem, acho que aquela espremidinha também ajudou.
5 comentários:
Ah Luana, eu sou uma neurótica igual!
Fico toda preocupada, toda agoniada...
Mas o terceiro dia... Ah, é o terceiro dia né...
Beijocas!
e a lei de murphy é a lei de murphy... mas se fosse o carro de outra pessoa,ah, aí era mais sossegado... hehehe
beijos!
Me deliciei com esta crônica rubra abaixo da cintura ! Mesmo sendo homem, eu me imaginei nessa situação. Banco de couro clarinho ! e do chefe ! ai, ai ai ... !
Sei la se eh nao eh to nem ligado, mas puta dilema esse o teu hem hahaha
:P
bjx
RF
Fala aí, Tiago, comunico o retorno do blog "Um Professor de História" após longa hibernação, um abraço.
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