- Feliz ano novo.
- Agora eu estou com sono. O ano novo é daqui a oito dias. Esse ano eu ainda quero dormir.
- Tudo bem. É assim que você me trata ?
- Você me esnobou o ano inteiro, me deixou escrevendo sozinho, e ainda me deixou todo animadinho.
- Mas...
- Quantos banhos de água fria tive que tomar. Quantas vezes fiquei aqui, acalmando o Doroteu (desculpe gente, mas esse é o nome com que me relaciono intimamente com o menino aqui de baixo) porque você tinha me deixado na mão, literalmente.
- Esse ano eu quero você Tiago. Inteirinho pra mim. Você, o Doroteu e todas suas palavras, suas vírgulas, suas exclamações e interrogações, suas reticências...
- Estou colocando um ponto final nessa história.
- Ponto final eu não quero. Te quero para o sempre. Quero seus parágrafos, suas frases, seus erros ortográficos...
- Então tira este vestidinho que eu quero teu assento.
- Eu também quero teu acento. O agudo, apontando pra cima.
- Eu quero esse que você usa pra sentar mesmo. Regininha foi tirando o vestido, deixando deslizar pelo corpo até cair no chão, aos seus pés. No exato momento em que abria o fecho do sutiã, caio da cama e acordo, babando. Tudo não passou de um sonho de véspera de ano novo. Em 2007 tudo será diferente.
4 comentários:
Impressionante...
viiiixi!
doido, heim, parça?
eh, mai broder, enquanto regininha não vem, o negócio é a bronha.
Segui suas pistas para aqui chegar. E sabe do quê mais? Gostei! ;)
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